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O RETORNO À ESCOLA, PÓS PANDEMIA

Atualizado: 11 de ago. de 2020

Das lições que estamos tirando diante ao isolamento social, por conta do novo COVID-19, muitas servirão para a vida toda como valores pessoais e comportamentos sociais e teremos que repensar como ficará daqui por diante. Mas, outras interrupções, consequentemente, serão recuperadas com um replanejamento dentro do tempo que temos no ano letivo de 2020. Nos referimos ao planejamento acadêmico das aulas dos nossos alunos da nossa Escola Criarte.

O retorno às aulas, pós pandemia.

Nosso corpo de docentes, juntamente com suas coordenadoras vêm desde então, elaborando novos planejamentos das aulas, realizando atividades home office, agendando novas datas e meses para compensar o período de isolamento social. Os esforços visam compensar as lacunas de conteúdos interrompidos, mas minimizados pela brilhante parceria com os pais e responsáveis das nossas crianças. Entre as ações de recuperação dos conteúdos, além das atividades impressas e encaminhadas aos nossos alunos, estão sendo desenvolvidas atividades de reforços no modelo de ensino a distância (EAD), sendo disponibilizadas no Website da Escola Criarte (criartenet.com).

É, inevitavelmente, um novo aprendizado para todos, com tudo, esforços à parte, o que queremos abordar é, ao nosso ver, a questão mais importante dentro deste contexto do COVID-19, são as crianças infantis e como elas estão percebendo essas situações, o que estão sentindo, suas perdas e ausências, suas dúvidas e também, quando ao retorno à sua escola. Por entendermos a necessidade desta abordagem, pela complexidade e difícil compreensão, foi o que nos motivou a escrever esse artigo. Sem entender plenamente, nossas crianças foram separadas do convívio das suas salas de aulas, dos seus coleguinhas e tias, dos saberes, das atividades, das brincadeiras e dos seus materiais escolares. Quando muito, passaram a ouvir conversas dos adultos, que nem sempre são esclarecedoras ou compatíveis a sua idade, sobre temas novos de saúde e por isso, pouco ou nada se sabe a respeito e, daqueles que estão mais próximos a essas crianças nem sempre conseguem explicar o motivo de tantas mudanças no mundo.

Diante às incertezas, essas crianças infantis são ouvintes de conversas sobre mortes, fome, hospitais ou a falta deles, enfim, assuntos que antes não lhes pertenciam ou pelo menos eram poupados de tantas tristezas e medo do futuro. Nossas crianças estão tendo que viver isoladas e, mesmo com seus pais, afastadas das conexões sócias importantes para o crescimento humano. Mesmo que temporário, mas imprevisível, para uma criança infantil trata-se de situações, no mínimo, longe da normalidade a que estão acostumadas.

Então, diante a tudo, precisamos estar preparados para o melhor retorno ao mundo que essas crianças infantis estavam inseridas, desacelerando as regras do isolamento e às vezes do confinamento, sem prejuízo às conexões sociais, mas também sem riscos ao bem-estar dos pequenininhos. As nossas experiências profissionais bem como, o bom senso dos pais, estes como referência familiar, são importantes nas ações previsíveis, responsáveis e pensadas para recebe-los em um ambiente afetivo, amistoso para reintroduzi-los em seu mundo de sonhos, paz e alegria. Certamente, ativaremos medidas que o momento exige como: disponibilizar álcool em gel na entrada da escola, em cada sala de aula e nas áreas em comum para mantermos as mãos higienizadas, uso de máscaras como item de proteção facial ao fardamento no período de aula, colocaremos na entrada da escola, tapete sanitizante, higiene dos brinquedos e recursos pedagógicos e em conjunto à essas medidas, pensamos na questão psicológica dos nossos professores e colaboradores, nos capacitando para a ressocialização através de palestras com psicólogos para entendermos melhor os caminhos da ressocialização, pois achamos ser necessário, pelo fato de serem crianças muito pequenas.

Não podemos comparar o isolamento social como férias, considerando que foi dividido esse tempo, com tarefas de casa, pais trabalhando em home office, dificuldades financeiras, crianças impossibilitadas de brincarem com seus vizinhos, distantes da sua escola, enfim, são momentos difíceis considerando, mais ainda, serem crianças entre dois e cinco anos com grande potencial de observação, mas pouco poder conclusivo, o que pede ações reparadoras das mudanças que ocorreram tão rápidas e profundas em suas vidas. Pensar no retorno dos nossos alunos passam por decisões importantes desde a retomada do conteúdo se imediato ou se progressivo, até a ressocialização do lanche aos intervalos coletivos e sabemos que são pequeninos cheios de energia e vida e que estão sobre nossos cuidados.

A nossa certeza é que eles virão com muitas perguntas, pois precisarão saber sobre os coleguinhas, o porque estavam distantes, porque o momento do lanche está diferente, enfim, o momento é de ouvi-los, pois precisamos reconstruir o mundo que eles deixaram antes do isolamento e que, em nada se parecerá com o atual. Temos que trabalhar na ressocialização com seus coleguinhas, nas interações dos intervalos, na afetividade carinhosa, mas com a paciência necessária que o retorno exige, até porque, estavam isolados por um longo tempo e essa proximidade com os pais precisará de um outro tempo para que, novamente, aprendam a compartilhar com as outras pessoas.

São momentos difíceis e os ensinamentos valerão para todos, onde adultos e crianças, precisam reconstruir suas vidas, o trabalho, as relações sociais e comportamentos humanos, com a certeza de que precisaremos ajudar um aos outros sem perder o que mais temos de valioso da humanidade que é o amor ao próximo. Talvez, em nosso retorno, ainda não tenhamos, as vacinas, remédios ou mesmo anticorpos a disposição de todos, mas estamos oportunizando sentimentos humanos mais solidários e fortalecidos para nos tornarmos pessoas melhores.

Com muita esperança, acreditamos que vai passar toda essa dificuldade e mais fortalecidos, ajudaremos essas crianças se recuperarem sem que percam o que têm de mais belo, que é a pureza de ser criança.

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